5 curiosidades sobre o tradicional chimarrão

5 curiosidades sobre o tradicional chimarrão

5 curiosidades sobre o tradicional chimarrão

Ele é o companheiro de todas em horas no Sul do Brasil, mas o chimarrão se tornou popular em todo o mundo. A bebida é mais tradicional na América do Sul. Tanto que no Rio Grande do Sul ele até tem uma data especial. Em 24 de abril é comemorado o Dia Estadual do Chimarrão.

1. Onde surgiu o chimarrão?

A cultura do chimarrão é um legado dos indígenas quínchas, aimarás e guaranis. Eles habitavam a região dos rios do Paraná, Paraguai, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e esse costume foi passado aos colonizadores.

Os indígenas ingeriam uma bebida feita de folhas fragmentadas e água quente. O líquido era colocado em um pequeno porongoe se utilizava um canudo de taquara. Na base do canudo havia um traçado de fibras que impedia a passagem dos resíduos.

Compre sem sair de casa.

2. Por que este nome?

O hábito de beber o líquido das folhas com água começou com os indígenas, mas foi com a chegada dos espanhóis e portugueses ao Sul da América que ganho essa nomenclatura. Do espanhol, a palavra cimarrón significa marrom, chucro, bruto e bárbaro. Em português, além de marrom também pode significar clandestino.

A história conta que o comércio e preparo da bebida chegou a ser proibido no século XVI. O cimarrón era considerado pelos padres jesuítas da região de Guairá como a erva do diabo. No entanto, as colônias espanholas mantinham o hábito clandestinamente. No século seguinte, eles passaram a incentivar o consumo na tentativa de afastar as pessoas do uso de álcool.

3. Um pouco da história da erva-mate

A história da erva-mate já foi tema de muitas pesquisas e trabalhos acadêmicos. A planta é conhecida desde os povos indígenas e, até meados de 1632, a extração de erva era a principal atividade econômica da Província de El Guairá, território que se tornou o Estado do Paraná.

Ela ganhou classificação científica em 1820, quando o botânico francês Auguste de Saint-Hilaire veio ao Brasil. As folhas verdes com formato de gota foram chamadas de Ilex-paraguariensis.

A exploração econômica da erva-mate foi a responsável pelo enriquecimento de muitas famílias a partir da metade do século XIX. Ela teve papel determinante nos avanços da industrialização.

4. Chimarrão emagrece?

Muitas pessoas relacionam a perda de peso ao hábito de beber chimarrão. Não há uma comprovação científica que a bebida, por si só, promova a redução de gorduras. No entanto, a cafeína presente nesta erva pode dar uma forcinha para acelerar o metabolismo, ou seja, intensificar o gasto calórico.

O chimarrão fornece outros benefícios à saúde:
– É eficiente para eliminar a fadiga e dar energia;
– É digestivo e para algumas pessoas funciona como laxante;
– É diurético e contém sais minerais como ferro, fósforo, potássio e manganês.

5. Como surgiu o Dia do Chimarrão

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul instituiu em junho de 2003 o chimarrão como a bebida símbolo do Estado. A Lei nº 11.929 também institui 24 de abril como o Dia Estadual do Chimarrão.
A data entrou para o calendário oficial do Rio Grande do Sul e, quando possível, são realizados eventos alusivos ao dia.

Passo a passo preparar um bom chimarrão

Chimarrão combina com amigos, cultura e uma boa conversa. Com a pandemia foi preciso descobrir o prazer de um bom chimarrão sozinho. E não precisa de muito esforço para perceber isso.

1. Para preparar um chimarrão é preciso de erva-mate, cuia, bomba e água morna. O ideal é que a temperatura varie entre 60% e 70%. Não pode ser fervendo!

2. A quantidade de erva depende do tamanho da cuia, mas o que se indica é dois terços ou até a altura do “pescoço da cuia).

3. Depois de fazer o morro, coloque a água e deixe por cerca de quatro minutos. É necessário esse tempo para a água penetrar e firmar a erva.

4. Na hora de colocar a bomba é importante tampar a extremidade superior para evitar a entrada de ar.

5. Não pode esquecer de beber o chimarrão até roncar no final. Aproveite!!!!

Relembre as dicas do professor e tradicionalista, Álvaro Machado de Mesquita

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